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A arte do reconhecimento

Você lembra da sensação de ter um trabalho elogiado ? Ou já tomou alguma atitude que lhe rendeu reconhecimento de seus colegas ou superiores ?

Já conheci profissionais que se sentiam satisfeitos apenas em vislumbrar os resultados do seu trabalho. Outros, porém, sentiam uma necessidade extrema de um afago periódico no próprio ego.

No meio acadêmico, tive a felicidade de estudar com alguns professores que possuíam uma habilidade fantástica: apontar os erros sem desmotivar o aluno. Em várias situações, me disseram “o seu trabalho está bem estruturado e as ideias estão corretas. Você cometeu esse, esse e aquele erro. Esteja mais atento a isso”. Resultado: minha nota não era a melhor do mundo, mas os elogios no começo da frase eram o que eu precisava pra seguir em frente com determinação.

Acredito que as duas palavras estejam intimamente ligadas: RECONHECIMENTO e MOTIVAÇÃO. É simples: você ou o membro da sua equipe se sente mais motivado quando percebe que o trabalho realizado teve um propósito e, ainda, conquistou a admiração de outros.

Fazer isso funcionar, no entanto, está longe de ser trivial. Ocorre que a mesma forma de reconhecimento não funciona para todos. Para alguns, um elogio é suficiente, enquanto outros profissionais consideram o reconhecimento apenas quando o mesmo chega em valores monetários…

Do outro lado, o gestor precisa desenvolver a sensibilidade necessária para perceber o momento certo de praticar o reconhecimento. Para conseguir essa proeza, é necessário aprimorar uma habilidade incomum nos tempos atuais: a empatia. Entre outras coisas, isso envolve a coragem de descer alguns degraus - minha sugestão é destruir a escada - e cumprimentar honestamente seu colaborador. Enfatizei a palavra “honestamente” porque um elogio feito da boca pra fora é um tiro no pé: quebra o vínculo de confiança entre as partes. Jamais trilhe esse caminho.
Bajulação excessiva também não funciona. Gera a sensação de hipocrisia. O equilíbrio na prática do reconhecimento é outra característica que vai para a conta do bom gestor.

Os resultados proporcionados por essa cultura superam, de longe, as dificuldades em implementá-la. Equipes de trabalho só funcionam como esperado quando conseguem manter uma sinergia constante. Isso só é possível com o estabelecimento de um vínculo de confiança entre seus membros. Mais uma vez, o reconhecimento desponta como algo fundamental.

Se você gerencia um setor, coordena um grupo ou lidera uma equipe, esteja atento à essa prática. Se já ouviu a frase “Ninguém é insubstituível”, experimente trocá-la por “Todos são insubstituíveis”. É improvável que um mesmo trabalho seja feito exatamente da mesma forma por pessoas diferentes.

Achou complicado ? Bem, se fosse fácil, não teria graça, não é mesmo ?

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